quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Circo da Fórmula 1 e Seus Fantoches

Hoje tem marmelada? Tem, Sim Senhor! Hoje tem Palhaçada, Tem, Sim Senhor!


Desde suas primeiras voltas na década de 50, a mais de cinquenta anos atrás, que o circo da FÓRMULA 1, sistemáticamente, passou a fazer parte das nossas vidas, no mínimo 7 meses por ano, num espaço de domingo sim, domingo não. Isso, quando o calendário das corridas não emenda dois finais de semanas seguidos. E, muito mais ainda, a partir do início da década de 70, quando a televisão trouxe para dentro de nossos lares, portanto, para o seio da família brasileira, essa festa do automobilismo mundial. Aceitamos e aprendemos a gostar. Principalmente, porque começaram a surgir os grandes pilotos brasileiros. Conquistamos nosso primeiro título mundial em 1972, com Emerson Fittipaldi, pilotando uma Lótus. Voltaria a ganhar em 1974, pela McLaren. A partir dessas conquistas, o povo brasileiro abraçou, de vez, esse esporte. ESPORTE? Depois vieram conquistas com Nelson Piquet, 3 vezes campeão mundial, grande ídolo. Dono de uma técnica de pilotar invejável. Tivemos outro grande ídolo também, embora não tenha ganho nenhum título mundial, fazemos aqui, justiça à performance e ao talento do Moco, como era conhecido José Carlos Pacce, morto em acidente aéreo em 1977. E recebeu, mais tarde, justa homenagem, com o batismo do Autódromo de Interlagos, com o seu nome. Todos esses pilotos fizeram história em suas épocas e foram tidos como excelentes. Mas o mundo estava para conhecer aquele que revolucionaria o automobilismo e surpreenderia até mesmo o mais cético dos experts, que duvidasse que um ser humano pudesse fazer tantas proezas sentado ao cockpitt de um carro de FÓRMULA 1, superando todas as expectativas. O mundo parava aos domingos para assistir ao show de AIRTON SENNA. Disparado, o mais técnico, talentoso, audacioso, corajoso e destemido piloto de FÓRMULA 1 que o mundo conheceu. Tal como nós, brasileiros, nos orgulhávamos dos precursores dessa alegria da vitória, o mundo reverenciava AIRTON SENNA, e nós, como compatriotas, simplesmente o amávamos. Não preciso falar nada mais, se o amor é o sentimento maior que um ser humano pode externar a outro. Com sua morte prematura, num fatídico domingo de 1º de Maio de 1994, num acidente no circuito de Ímola, na Itália, cujos motivos geraram várias controvérsias e polêmicas, AIRTON SENNA, que fora campeão mundial por 3 vezes, batendo todos os recordes possíveis durante sua carreira, num curto espaço de tempo e, incrível, numa época onde nas pistas só tinham feras da pilotagem, fez com que a FÓRMULA 1 perdesse o seu romantismo, perdesse o seu encanto e o povo brasileiro perdesse a sua alegria, enquanto torcedor e fanático. Isso, efeito AIRTON SENNA. Mas a vida continuava. Rei morto, Rei Posto. O que esperávamos para o futuro? No mínimo o aparecimento de outro talento brasileiro, pois, estamos acostumados a doar talentos para o mundo nas mais diversas modalidades esportivas. Isso, para não citar outras áreas que não seja o esporte. Surgiram sim. Primeiro, Rubens Barrichello, um eterno persistente, contemporâneo, em início de carreira, de AIRTON SENNA. Em seguida, apareceu Felipe Massa, apontado como a grande esperança de resgatar a alegria do povo brasileiro, como torcedor desse esporte. ESPORTE? Bem, vamos explicar. Ao meu ver, todo esporte que se valorize como tal, não pode obter resultados através de interferências de quem quer que seja, extra competição. Por isso a minha ironia ao perguntar, ESPORTE? Ilustrando, levanta-se os mastros, joga-se a lona, forma-se o circo. Tem proprietário? Tem, sim senhor! Como chama? FERRARI. Tem marionetes? Tem, sim senhor! Quem são? Os pilotos brasileiros. Tem palhaços? Tem, sim senhor! Quantos são? Todo o povo brasileiro, fanático por esse esporte. ESPORTE? A FERRARI, vedete das pistas de corridas, coqueluxe dos italianos, símbolo de sucesso, sonho de todos os pilotos tem ditado as regras: manda quem pode e obedece quem tem juízo. Com pena de ser dispensado de seu quadro de pilotos. Ordem do dia: priorizar aquele que não é brasileiro. Foi assim com Barrichello e Schumacker e é assim, hoje, com Massa e Alonso. Mesmo que este, nas corridas, esteja na frente, não pode e não deve ganhar. Absurdo!!! Está tirando o doce da boca do menino. E o pior, ele não pode chorar. Será? Bom, então vamos por os pingos nos "is". Com o dinheiro que Felipe Massa, ator principal do remake de um filme que já vimos no passado, ganhou ao longo de sua carreira, não precisa mais correr. E, muito menos passar essa vergonha. MEU RECADO: Não se renda a pressões, Massa. Dê um basta nessa vergonha. Revolucione. Chute o balde. Não aceite ser marionete. Denuncie o que está errado. Busque por justiça. E, se for o caso, jogue tudo para o alto, pegue o dinheiro que já ganhou, que são milhões de dólares, e vá plantar batatas, antes que a FERRARI lhe peça para ser o bobo da corte. Reflita!!! Não deixe arranhar a sua imagem e muito menos a gloriosa imagem da história do automobilismo brasileiro, que, até então, havia sido construída por verdadeiros homens de brio. Mostre o seu brio, Massa. Seja protagonista de outro filme, que nos orgulhe de você. Porque essa história nós já conhecemos.

Autor: Toninho Velludo
Data: 28/07/2010

Um comentário:

  1. ANTONIO, Você arrasouuuu com este comentário!!!!
    Um showwww, não de fórmula1, mas de dignidade e amor ao país!!!!
    Parabéns!!!!

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